sábado, 8 de agosto de 2020

A identidade de São Paulo em suas calçadas e postes

Você olha uma calçada dessas e se pergunta "para onde vai o dinheiro que pago de impostos?" É muito difícil levar seu prefeito a sério vendo isso. Após uma obra a SABESP, CONGÁS, ENEL não capricham no fechamento, e o efeito fica cada vez pior - CAPRICHAR PRA QUE??
Imagine uma vila que não tivesse uma liderança centralizada, sem prefeito ou alcaide! Agora imagine que essa vila vive nos primórdios da chegada das lâmpadas elétricas, todos ficam entusiasmados com a revolução e decidem colocar luminárias voltadas para a rua, pois assim, todos enxergariam as ruas durante a noite.

Teríamos um problema aqui e ali, pois sempre tem aqueles que querem se beneficiar da luz sem colocar a mão no bolso, ou aquele outro que, por diversão, gosta de jogar uma pedra para quebrar a lâmpada, são os chamados vândalos, más são casos isolados...
ESSA FAZ EU SENTIR ORGULHO DE SER PAULISTANO - É exatamente a mesma calcada só que a prefeitura se preocupou em repor os pisos corretos, o asfalto é bem feito, foi feita a manutenção adequada, colocou-se um gradil para as raízes crescerem sem quebrar o piso, bem como foi instalada a sinalização tátil para deficientes visuais. Um detalhe!! - tem uma sujeirinha ali perto da árvore, más aposto que você nem reparou.

Nesse cenário se justifica então pagar um IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) para a prefeitura, uma administração centralizada, nos dispor esse serviço básico e especifico, descrito por David Hume em 1734 para explicar que, uma vez arrecadado, a prefeitura, deve ser totalmente responsável pelo mobiliário urbano de uso coletivo – No entanto, aqui em São Paulo, nenhum prefeito ou eleitor desde os anos 50 ouviu falar dele...
Esse é o poste tipo 18, se quiser ver um de perto é só ir na Biblioteca Mario de Andrade -  Verdadeiros ícones da cidade de São Paulo, os postes da Light estão cada vez mais abandonados. Os antigos postes de energia da The São Paulo Tramway, Light and Power Company Limited começaram a ser implementados na cidade em 1927, quando a companhia de energia fechou um contrato com prefeitura e governo do Estado para reformular a iluminação pública no município

Não estamos cogitando nem a hipótese de trocar as luminárias existentes, somente a mera manutenção bastaria, será que é tão caro assim?

 As luminárias lindas da Light estão se deteriorando a passos rápidos, e a pergunta que cada um que passa nessas ruas faz é “será verdade que a prefeitura não tem dinheiro para fazer a manutenção desse ponto básico de toda a teoria da coleta de impostos?”, a resposta é "Tem sim, más muito se perde em corrupção e inépcia".
Os postes da Light mais comuns ainda hoje são os postes do tipo 13 e o tipo 21

Os postes de iluminação tem um papel que vai alem de iluminar a rua, deveríamos sentir orgulho de nossos símbolos urbanos. Más no caso de São Paulo, eles representam a falta de cuidado e o pouco caso. Ao ver que o poste ou a calçada estão deteriorados,  o cidadão sente pena de sua própria cidade, e isso é ruim de mais.
Esse é o poste de São Paulo, tipo 16, o mais fácil de se achar - tenha orgulho de sua cidade e cobrebde quem tiver que cobrar para termos uma cidade mais limpa e linda.

O descaso completo de nossos administradores públicos é triste, a impressão que o conceito de ‘coisa bem feita’ é algo que não vale a pena se preocupar.

O estado de conservação das calcadas e do mobiliário urbano de São Paulo são os principais elementos causadores de depredação e baixa civilidade e crimes. Quando você vê uma calçada nessas condições, você percebe que os órgãos públicos são ineptos, relaxados e não transmitem a menor seriedade.
Os primeiros são os últimos - Luminárias do tipo 1 e 2, duvido alguém achar alguma luminária dessas 

É a chamada teoria das janelas quebradas "broken windows theory" , um modelo norte-americano de política de segurança pública no enfrentamento e combate ao crime, tendo como visão fundamental a desordem como fator de elevação dos índices da criminalidade. Nesse sentido, apregoa tal teoria que, se não forem reprimidos, os pequenos delitos ou contravenções conduzem, inevitavelmente, a condutas criminosas mais graves, em vista do descaso estatal em punir os responsáveis pelos crimes menos graves. Torna-se necessária, então, a efetiva atuação estatal no combate à criminalidade, seja ela a microcriminalidade ou a macrocriminalidade.
Olha só como era legal o Anhangabaú com as luminárias tipo 23 - "Já não se faz São Paulo como antigamente, isso sim era uma cidade de respeito…"

quando você vê uma calçada bem conservada, se sente amparado e protegido pela sua cidade, inspira cidadania e respeito. Alguém de bomsenso e civilidade, jamais jogaria papel, bituca ou chiclete numa via dessas - no mínimo a probabilidade estatística de isso acontecer seria bem reduzida. Se casarmos uma política de multas e pequenas punições, a situação melhoraria muitíssimo.

Com uma arrecadação de 3 bilhões de reais, deveríamos ter uma cidade mais bem apessoada!!
Luminárias do tipo 03, suspensa sobre dois postes e a numero 23 - lindas!!

No ultimo dia 24 de janeiro de 2019 o Prefeito Bruno Covas promulgou o decreto nº 58.611, que tem como objetivo padronizar as calçadas de São Paulo, essa iniciativa está no caminho certo, mas responsabilizar o morador de forma total ou parcial, é um dos piores erros que a prefeitura vem fazendo – transferir responsabilidade só porque não tem dinheiro não justifica.
Depois da Light veio a estatal Eletropaulo e a já privatizada a AES Eletropaulo, por fim a Enel Distribuição. Pode-se dizer que a cada mudança a situação degringolou mais - Essas luminárias fazem parte da identidade do paulistano, cobre de quem for necessário.

Em abril o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que a queda na arrecadação da Prefeitura, por causa da pandemia do novo coronavírus, deverá chegar a R$ 3,6 bilhões. O prefeito atualizou a estimativa anterior que estabelecia o valor em R$ 1,7 bilhão.

Mas isso não é desculpa.

Sonho em um dia poder admirar os lindos postes da Light sem correr o risco de torcer o pá, quebrar o pulso, arrebentar o nariz...

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Triângulo Histórico de São Paulo, o Coração da América do Sul

O Triângulo Histórico de São Paulo, área que compreende a Praça da Sé, o Largo São Francisco e o Largo São Bento 
Segundo o historiador Jaime Cortesão, São Paulo é considerada a capital geográfica do Brasil, sua localização foi imensamente importante na diâmica de nosso povo ancestral de 10.000 atrás, que se locomovia a pé e até os dias de hoje também, por meio de navegação pluvial, interligando-se as 6 principiais bacias hídricas do continente, a do Paraná, Tieté, Patagônica, São Francisco, Amazónica e do Orinoco. Ainda hoje a localizaçao de São Paulo resguarda grande importancia estratégica, não é a toa que se transformou nessa grande e importante cidade.
A o Triângulo Histórico da cidade de São Paulo mudou muito desde sua fundação em 1554. Em 1930 com a construção do Edifício Martinelli começou a era dos altos edifícios e hoje conhecido popularmente como 'Centro Velho' -  2020
Esse ‘centro geomântico’, parafraseando Carlos Castañeda, dá acesso a quatro trilhas pré-históricas. Lendas indígenas contam que essas trilhas foram abertas por gigantes deuses como o Mapiguarí, esse postriormente identificado como o megatério, também chamado de preguiça gigante, nos deu a pista de que tais deuses provavelmente foram na verdade animais extintos da megafauna americana, alguns deles conviveram com humanos antes de se extinguirem, tais como os xenorinotérios e gliptodontes.

Triângulo Sagrado e histórico no ano de 1590, a aldeia de Tibiriçá já estava abandonada, enquanto a cidade crescia a partir do Pátio do Colégio - as trilhas p're-historicas se transformam em ruas com nomes portugueses   
Tibiriçá foi o ultimo grande líder espiritual indigena do Triângulo Sagrado de Piratininga, que os Tupiniquím defenderam bravamente contra constantes ataques de Tupinabá e outras aldeias inimigas, uma colina que se elevava entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, e tinha como centro a pedra careca, o Inhapuambuçú (do Tupi-Antigo i(nh)apu'ãm-busú o grande cume ou y(nh)apu'ãm-busú o grande ponto do rio), que se vê de longe como "a proa dessa nau triangular",  pedra que existiu ao lado do atual Mosteiro de São Bento más que infelizmente foi aterrada para dar vazão à rua Prestes Maia.
principiais bacias hídricas do continente, a do Paraná, Tieté, Patagônica, São Francisco, Amazónica e do Orinoco
O Rio Anahngabaú, ou rio do deus Anhangá que desenboca no Piratininga (continuação do Tamanduateí), era alimentado pelo córrego do Itororó, que desce da maravilhosa floresta do Ka'aguatá (Avenida Paulista), rio que nascia no bairro do Paraíso, próximo de onde é hoje o hospital Santa Catarina e descia pela Avenida 23 de Maio. A linda mata do Anhangabaú era sagrada, só podia ser visitada pelo xamã para fins ritualísticos, pois era o lar do Anhangá, o deus Tupi das Caças e da natureza, comumente retratado como um veado branco, de tamanho atroz, com olhos vermelhos da cor de fogo. Ele é o protetor da fauna e flora, persegue todos aqueles que caçam de forma indiscriminada, desrespeitam a natureza e pune quem caça filhotes ou matrizes que estão nutrindo suas crias, vbem como punem aqueles que poluem suas águas, saiba mais  canalizando o rio, como também nos esquecemos do espírito mor de nossa cidade. Desprezarmos nossas tradições tupiniquins dessa forma é imperdoável!

Já os rios Piratininga e Tamanduateí à continuação, eram assim chamados pelos habitantes pois Piratininga em Tupi-Antigo significa peixe seco e Tamanduá te y, é rio dos Tamanduás - esses nomes foram dados porque nesse ponto alagadiço, a antiga varzea do Carmo, costumava oscilar em nivel de água, com isso, muitas vezes os peixes morriam ao sol atraindo formigas, que por sua vez atraiam os tamanduás.

Quanto às trilhas, se dividiam em quatro grandes, que tinham como ponto de partida a aldeia de Tibiriçá, que partir de 1554, passou a sair da grande porta da fortificação inicial dos Jesuítas;

As trilhas ancestrais foram fundamentais para a dispersão Tupi no Brasil
-A primeira dessas quatro trilhas, foi o chamado “Caminho da Fonte”, dava asscesso à Serra do Mar, um maciço que separa o planalto de Piratininga do litoral com elevação de 800m, da qual diversas trilhas desciam a serra, entre elas a trilha de Paranpiacaba, a estrada do Lorena e a via Anchieta; 

-A segunda é trilha do Piqueri, atual rua Quinze de Novembro, em direção ao Rio Tietê via Ponte do Piqueri, de lá podia-se partir em direção ao vale do rio Paraíba do Sul até chegar ao Rio de Janeiro, hoje é conhecida como via Dutra; 

-A terceira era o “Caminho do Ibirapuéra” que deu origem à atual rua Quintino Bocaiuva, saia em direção à Av Brigadeiro Luiz Antonio até chegar à grande mata de Ka’a Guaçú, o espigão montanhoso central de Piratininga (hoje espigão das avs. Paulista, Dr. Arnaldo e Cerro Corá) descendo pelo parque o Ibirapuera, e por fim, essa mesma trilha, tinha uma bifurcação no rio Pinheiros que levava à famosa trilha do Peabirú, que tinha como destino final a civilização mais elevada da época, o império Inca no Perú; 

-A quata trilha, o “Caminho de Pinheiros”, parte da atual rua José Bonifácio Consolaçao Doutor Arnaldo Euzebio Matoso, interligando-se também com o Peabiru.

A trilha do Peabiru, que saia de três origens, São Paulo, Santa Catarina e Cananéia, se uniam Vila Velha de Ponta Grossa, seguia ate os Campos Gerais até Assuncion, de lá Subia o rio Plicomayo, segunido por Colquechaca na Bolivia ate chegar no Perú.
A trilha do Peabiru

A Trilha do Peabiru e a lenda que a cerca contada pelos Carijós, os chamados 'O Melhor Gentio da Costa', inspirou os europeus em sua busca frenética por riquezas e ouro. 

Peabiru (na língua tupi, "pe" – caminho; "abiru" - gramado amassado) era o nome dado aos antigos caminhos utilizados pelos indígenas sul-americanos, desde a pr-historia, em intricada rede de conexão de todo o conesul.

A trilha do Peagirú em sí tinha três origens, São Paulo, Santa Catarina e Cananéia, se uniam Vila Velha de Ponta Grossa, seguia ate os Campos Gerais até Assuncion, de lá Subia o rio Plicomayo, segunido por Colquechaca na Bolivia ate chegar no Perú.

Empolgado com essa historia, e, 1526 Aleixo Garcia liderou um grupo com 2000 Carijós, levando farinha de pinhão e mariscos secos e mel em direção ao Peru, chegando a 150 km de Potosi, na Montanha de Prata, que deu origem à lenda da Montanha da Lua, lá eles entraram em guerra com o império Inca, saquearam e fugiram carregados de metais preciosos saiba mais 

Tibiriçá ficou famoso por acolher em sua aldeia o primiero paulista, João Ramalho, um possível naufrago português que se casou com Bartira, filha do morubixaba. João Ramalho aprendeu o Tupi e conquistou o respeito do povo ancestral, Tomé de Siouza, governador da capitania de São Paulo dizia que João Ramalho, caminhava 90 km em um só dia, tinha um exército de 5.000 homens, em sua grande maioria refens de tribos beligenrantes e era muito atarefado, subia e descia pelas diversas trilhas que partiam da aldeia, principalmente depois da chegada dos Jesuítas.
Com a chegada das Ordens Beneditinas, Carmelitas e Franciscanas as tradições ancestrais dos Tupiniquim desaparecem - a  remoção da icônica pedra do Inhapumabuçu representa o esforço de apagar a religião antiga da memória para dr inicio às novas.
Fundação de São Paulo

A Villa de Piratininga, que ja tinha sido estabelecida em 1532 pelo Almirante Dom Martim Afonso de Souza, Vice Rei das Índias e Donatário da Capitania de São Vicente e São Paulo, aforada em 1534 por D. João III O Piedoso, e ratificada em 1553 por Tomé de Souza 1º Governador Geral do Brasil, foi posteriormente transferida, acolinada e Renomeada em 1554 pelo Vice-Provincial Jesuíta Manoel de Nóbrega como Villa de São Paulo de Piratininga. Como se ve em texto antigo, a fundaçao do colégio e postriormente vila de Piratininga era um projeto de parceira publico-privada de carater religioso, a fundação do colégio de Manoel da Nobrega e José de Ancheta era de importancia pivotal para a catequização, pois serviria junto com o émbaixador’João Ramqalho, de ponte cultural com a aldeia de Tibiriçá e posteriormente outras aldeias. 

Em 1549, logo após a aprovação da Companhia de Jesus em Roma, o Padre Manuel da Nóbrega partiu de Lisboa na armada de Tomé de Souza juntamente de cinco companheiros para conduzir as Missões Portuguesas do Ocidente. Em 1553, após formar as primeiras missões brasileiras na Baía de Todos os Santos, onde primeiramente aportou, seguiu em direção à Capitania de São Vicente onde percorreu o litoral sul do Brasil colonial. Em seguida, subindo a Serra do Mar, Nóbrega liderou a fundação da Aldeia de Piratininga e nela implantou o Colégio de São Paulo possibilitando o início das entradas para o interior do continente.

A parte mística-religiosa desse projeto teve início no dia 29 de agosto de 1553, dia da degolação de São João Batista, por conta de cálculos precisos que os Jesuítas vinham fazendo para fundarem seu colégio no dia de São Paulo, 25 de janeiro. A localização também deveria ser pré-estabelecida de acordo com regras dogmáticas, que deveria ser edificada em acrópole, exatamente no interior do triangulo histórico, os jesuitas entenderam que esse local que já era considerado o mais sagradao pelos ‘índios’ deveria ser também o mais sagrado dos Cristãos. 

Conforme relata o historiador Alan de Camargo, lá representou e ainda representa a continuidade e renovação permanente da sagrada esperança do povo europeu cristão de várias nacionalidades e etnias, que buscou em terras distantes e selvagens satisfazer os seus profundos anseios de liberdade e prosperidade, arriscando sua própria vida no batismo do Maris Oceani Tenebrosum (o grande Atlântico!) e nos perigos das densas matas infestadas de feras, pestes, traficantes e... canibais! sob a égide da Cruz de Cristo, se uniram em fraternal comunhão, incluindo os nativos aliados Tupi-Guaianás, para plantar as preciosas sementes de Salvação e Civilização Ocidental Greco-Romana trazidas em suas pobres e sofridas bagagens, valores culturais que germinariam a singular e arquetípica Civilização Cristã Paulista.

O Anhagá, grande deidade Tupiniquim de São Paulo foi apagada da historia 
A Expansão de São Paulo

No final dá década de 1590 foram descobertas as primeiras minas de ouro, prata e ferro nos arredores da vila, nas serras do Jaraguá, Guarulhos, Voturuna, Araçariguama e outros locais mantidos em segredo. Os fatos que ocorreram sem seguida foram de grande importância para o crescimento da vila de São Paulo.

Ainda nessa década a vila já tinha 150 habitantes, o Páteo do Collegio foi fortificado em frente a já abandonada aldeia de Tibiriçá. Os fncionários da câmara e demais pessoas que chegavam para a empreitada de Portugual já não tinham mais onde morar dentro das muralhas dos Jesuitas, foi então que a expansão fez perder o medo de ataque e morar fora da área protegida. 

A primeira rua aberta fora dos muros da vila deve ter sido a rua de São Bento por apresentar as melhores condições de aproveitamento dos lotes. Estes foram demarcados com frentes de duas e três braças e profundidade de vinte e trinta braças. A rua seguiu por um terreno absolutamente plano, desde o caminho do Piqueri até o caminho de Pinheiros, deixando de um lado a aldeia abandonada de Tibiriçá e do outro a encosta do vale do Anhangabaú. A solução foi a mais favorável para os usos da época pois permitia que as casas fossem construídas no alinhamento da rua e os quintais tivessem o escoamento das águas para o fundo do lote.
Essa seria a vista da Praça do Mosteiro de São Bento se a montanha sagrada do Inhapuambuçu ainda existisse. Historiadores discutem a hipótese de que os Franciscanos, Carmelitas e Jesuítas decidiram aterrar esse importante marco religioso da aldeia de Tibiriçá no Triângulo de Piratininga para apagar todo e qualquer vestígio da religião ancestral indígena.
Na mesma ocasião foi aberta a atual rua Direita que teve esse nome desde a sua origem, pois percorreu um antigo caminho que ia “direito” da ermida de Santo Antonio para a vila. No cruzamento com a rua de São Bento formou um ângulo reto o que leva a crer que o profissional responsável, em geral um carpinteiro, utilizou a bússola na sua demarcação.

No final do século XVI, atraídos principalmente pela ação missionária, outras ordens religiosas se estabelecem em São Paulo. Dentre elas podemos destacar os:

-Os Carmelitas (1594) Os carmelitas foram a quarta ordem religiosa a chegar no Brasil, e, na região paulista, os primeiros frades desembarcaram nos idos de 1592, no porto de Santos. Nesse mesmo ano, surgiu neles o “pensamento de fundar um convento na povoação que começava em Cima da Serra“. O fundador de Santos, Braz Cubas, se tornou um grande amigo dos carmelitas, e doou a eles dois grandes terrenos – um no litoral, e outro nas terras de Piratininga (atual São Paulo);
Tibiriçá e João Ramalho discutem o futuro da Vila de São Paulo de Piratininga sob a magia das estrelas com a montanha sagrada do Inhapuambuçu ao fundo c.1556
-Os Beneditinos (1598) A história dos beneditinos em São Paulo começa em 1598, ano em que chegaram na cidade, quando frei Mauro Teixeira, religioso paulista de São Vicente, levantou uma modesta igreja dedicada a São Bento, com fundos de uma doação realizada pelo capitão-mor Jorge Correia.

-Os Franciscanos (1640) Sete franciscanos chegaram a São Paulo em 1640 por meio de uma caravana. Eles se instalaram em uma casa onde atualmente está localizada a Praça do Patriarca, no Centro Histórico de São Paulo. O terreno que atualmente corresponde ao Largo de São Francisco foi doado pela Câmara Municipal de São Paulo, em 1642, aos frades franciscanos.

Porém estas ordens, apesar de terem também atuado para a conversão dos indígenas, não tinham este como seu principal objetivo, pois vinham ao Brasil para dar apoio aos interesses de colonização e exploração da coroa portuguesa.

Itagenemimética cultural – o dia do Anhangá
Desfile de celebração do dia do Anhangá, 05 de junho, dia mundial do meio-ambiente - celebrando o deus da floresta que protege o meio-ambiente
A aldeia de Tibiriçá é tristemente reconhecida como a primeira abandonar antigos ritos culturais ancestrais para adotar a imposta cultura Portuguesa-Cristã - Como parte do esforço de Itagenemimética, tento resgatar a cultura ancestral indigena. Talvez um dia ainda culturemos o Deus Anhangá em homenágem à nossos antigos acestrais. Tenho uma proposta, ainda tímida de celebrar o dia do Anahgá 5 de junho, dia mundial do meio ambiente – por favor, deixe seus comentários.

Referências

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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Capivaras Guardiãs do bolo São Paulo 465 anos

Capivaras Guardiãs de Luiz Pagano para o aniversário da cidade de São Paulo

No ultimo dia 25 de janeiro, São Paulo completou 465 anos de idade e o Mercado Municipal, 86 anos.  Ricardo Magalhães, o confeiteiro que já a 15 anos faz os bolos oficiais da cidade, com o patrocínio da APECC (Associação Paulista dos Empreendedores do Circuito das Compras) veio com algumas novidades.

Alem dos 96 frutas, cada qual representando um bairro da cidade, Ricardo encomendou a Luiz Pagano, criador da Capivara Parade para criar quatro capivaras em forma de dioramas para representar os quatro espíritos Guardiões do bolo de aniversário de São Paulo:

Conceito das CAPIVARAS GUARDIÃS (assista ao vídeo)


01 - CAPIVARA DANTES

Esta capivara guarda a vida privada da família Paes de  Barros, Corrêa de Moraes, Dumont Villares e todas as demais famílias que escreveram a historia da vila de São Paulo Paulo de Piratininga. Cada qual com seus ilustres antepassados, construíram nosso orgulho de ser paulistano.

 02 – CAPIVARA GUI.
Esta capivara guarda o nobre espírito de Guilherme de Almeida, o “Poeta da Revolução de 1932”, que participou ativamente na Semana de Arte Moderna de 22, lindamente celebrado no quarto centenário da cidade de São Paulo. Se São Paulo é o resumo do mundo, como certa vez foi citado por ele, Guilherme de Almeida é o Resumo de São Paulo. 

 03-CAPIVARA JESUÍTA 
Esta capivara guarda o espírito dos missionários Jesuítas que fundaram a nossa cidade, estudaram os costumes dos nativos brasileiros e foram os grandes guardiões da cultura Tupi. Foram expulsos do Brasil pelo Marquez de pombal em 1750, mas sem antes nos deixarem registros detalhados do idioma Tupi, lendas como a do curupira e do saci e os nomes topográficos como Iguatemi, Morumbi que jamais nos deixa esquecer de nossa rica e bela origem. 

 04 CAPIVARA RICARDO SEVERO.
Esta capivara guarda o grande espírito luso/brasileiro responsável por grandes obras de engenharia realizadas em São Paulo ao lado de Ramos de Azevedo. Severo foi o grande fomentador do associativismo, participou da fundação da Câmara de Comercio Portuguesa e da Casa de Portugal.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Capi Parede de Curitiba - Dessa vez Curitiba saiu na frente de São Paulo

Capi Parade - Iniciativa do Shopping Palladium de Curitiba - foto Luiz Pagano e o Time de Mkt do Shopping
É com grande orgulho que anunciamos que após quase dez anos de existência do Blog Capivara Parade, estamos tendo a primeira Capivara parede não virtual, graças a iniciativa do querido Shopping Paladium e de seu talentoso grupo de profissionais. Foi nessa ultima segunda-feira, dia 23 de maio de 2016 com a ativação chamada Capi Parade, que contou com oito capivaras executadas de acordo com o padrão CABAP pela equipe de Will Batista do Studio Fabrica.

“A capivara é um símbolo de Curitiba, além de ser um animal extremamente adaptável é frequentemente encontrado em ambientes alterados pelo homem” diz a gerente de marketing do Palladium, Maria Aparecida de Oliveira, que decidiu fazer quantidade de 8 capivaras em alusão ao oitavo aniversário de inauguração do Shopping.

E essas são as 8 capivaras participantes:

1 - Dani Henning -  Artista plástica – Criou uma linda e colorida capivara Empedocles, criador da teoria cosmogênica dos Quatro Elementos, a água, pingos multicoloridos, mostrando o poder da água de colorir o mundo; o ar com seus lindos pássaros; o fogo, a cor amarela do corpo da capivara, com toda a energia do sol e a Terra com o pinhão, fruto da terra, com grande simbologia em Curitiba e no Paraná.
Dani Henning e sua Capivara 

2 - Di Magalhães – Artista plástico e blogueiro que ama Curitiba e o meio ambiente fez uma homenagem a gralha-azul, pássaro o principal animal disseminador da araucária, símbolo de Curitiba;
 Capivara de Di Magalhães com a gralha azul

3 - Luiz Pagano – Artista conceitual e criador do blog ‘Capivara Parade’, baseada na Cow Parade de Pascal Knapp, fez a Capivara Heroina Brasileira, pintada como um personagem dos clássicos Tokusatsu Japoneses (Ultraman, Utraseven, etc.) ela chega na cidade tal como os heróis japoneses para combater o ‘Grande Monstro’ (a ignorância e o descaso com a ecologia) que polui os rios e lagoas de quase todas as cidades brasileiras;

Luiz Pagano criador do Capivara Parade e Sua Capivara - Capi Parade Curitiba

4 - Juarez Fagundes - Cenógrafo e artista plástico de São Paulo, criou a divertida Móra, em homenagem ao Juiz Sérgio Mouro. O artista plástico Juarez Fagundes é o mais experiente em PARADES do time,  por seu trabalho lúdico e colorido, participou também do Call Parade, em São Paulo.;

Móra - Capivara de Juarez Fagundes

5 - Diogo Portugal - versátil humorista que vai do Stand-Up Comedy ás artes plásticas num sorriso só. Concebeu a Risoleta, a capivara comediante;

Risoleta - Capivara do Humorista Diogo Portugal

6 - Jaime Lerner – Dispensa apresentações, um dos maiores urbanistas brasileiros, tendo sido prefeito de Curitiba por três vezes, foi presidente da União Internacional de Arquitetos (UIA) em 2002 e é consultor das Nações Unidas para assuntos de urbanismo. concebeu a Capivara Bi articulada, em alusão ao ônibus Bir articulado, uma de suas invenções mais icônicas;

Capivara Bi articulada do Urbanista Jaime Lerner

7 - ProDesign&gt;PR e seu talentoso grupo de designers.

Associação de apoiadores de projetos de designers paranaenses.

Aulio Zambenedetti - Presidente da ProDesign – pr
Alexandre Domakowski - Doma Design
Bruno Yamada Zambenedetti - estudante de design Universidade Positivo
Cristina Yamada - Aryau Design
Guido Dezordi - Lumen Design
Miriam Zanini - Blu Design
Tulio Filho - Blu Design
Vinicius Iubel - Mega Box Design

A todo instante, há um designer criando algo novo para deixar nossa vida mais bela, prática e humana. Projetos que não apenas dão forma a nossos desejos, mas que podem também transformar nossa concepção do mundo. Que podem mudar produtos, marcas, pessoas e hábitos. E para apoiar estes projetos de designers paranaenses, no Brasil e no mundo, surgiu em 2009 a ProDesign&gt;pr. Criaram a Lorem Ipsum, a capivara estilosa que usa botões tal qual uma imagem digital usa pixels;

A capivara Lorem Ipsum da ProDesign&gt;PR

8 - É por fim, o Will do Studio Fabrica nos brinda com a capivara Pelé,  que usa vestirá camisa verde e amarela e que será autografada pelo rei Pelé, após o leilão, com dedicatória ao arrematante.


Capivara Pelé - a celebridade do time

A exposição no Palladium Curitiba seguira dos dias 23 de maio a 5 de junho. Nos dias 4 e 5 de junho, as crianças que passarem pelo shopping poderão pintar mini capivaras de gesso. “A intenção do Palladium é conscientizar a criançada sobre a preservação da natureza, além de proporcionar a experiência lúdica da pintura”, completa a gerente de marketing.

Para celebrar o Dia Mundial do Ambiente, de 6 de a 12 de junho. a Capi Parade sai em bando para a exposição itinerante em diversos pontos turísticos de Curitiba, no final da ação, as peças serão doadas e leiloadas pelo parceiro da ação, o leiloeiro Helcio Kronberg. O valor arrematado com o leilão, a comissão do leiloeiro bem como o trabalho dos artistas são doções e serão revertidos em cobertores para a Campanha Doe Calor, da Prefeitura de Curitiba realizada por meio do Instituto Pró-Cidadania e Fundação de Ação Social (FAS).

“Além de mobilizar a comunidade na doação de roupas e cobertores, o Instituto busca parcerias que contribuam para o repasse de cobertores novos. Essa exposição do Palladium é uma iniciativa bastante criativa para mobilizar a população e será uma parceria fundamental para que possamos levar melhores condições para muitas pessoas que precisam desse suporte para enfrentar o rigoroso inverno do Curitiba”, enfatiza o superintendente do Pró-Cidadania, Gerson Guelmann.

A Capi Parade conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Curitiba, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Rede de Proteção Animal de Curitiba, do Instituto Pró-Cidadania de Curitiba, da Deiró Moving Ideas e do leiloeiro Helcio Kronberg.


Roteiro da  Capi Parade

Exposição das capivaras no Palladium, de 23 de maio a 5 de junho.
Ação com crianças no Palladium, nos dias 4 e 5 de junho.
Exposição em pontos turísticos de Curitiba, de 6 a 12 de junho, a saber:

6 de junho: Prefeitura
7 de junho: Rua XV (Boca Maldita)
8 de junho: Praça Santos Andrade (em frente ao prédio da Federal)
9 de junho: Praça Rui Barbosa
10 de junho: Jardim Botânico
11/06 (sab): Mercado Municipal
12/06 (dom): Parque Barigui



Prepare-se!!   Leilão das esculturas, acontecera no dia 16 de junho, no Shopping Palladium de Curitiba, não perca a chance de adquirir a sua.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Aumenta população de Capivaras nas cidades Brasileiras

Luiz Pagano com a simpática capivara de São José do Rio Preto , enquanto que a de Ipanema da problemas aos bombeiros no Rio de Janeiro

Por incrível que pareça a cidade de São Paulo só perde para a de São Jose do Rio Preto no que diz respeito a receptividade às capivaras. De acordo com o ultimo senso feito pela prefeitura as águas da região central rio-pretense já abrigam126 capivaras que vivem às margens da represa.

Só nos últimos dois anos a população aumentou em 40%. Os moradores de São José do Rio Preto gostam das capivaras e acreditam que elas são uma espécie de cartão postal da cidade (coisa que este blog pretende para a cidade de São Paulo).

Já a Prefeitura de Ribeirão Preto decidiu, após reunião realizada em agosto desse ano que o Parque Maurilio Biagi seria fechado para manutenção e limpeza toda segunda-feira, das 8h às 14h. A pratica tem como objetivo combater a infestação de carrapatos-estrela no parque.

O carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), parasita comumente encontrado em cavalos e animais de pastagem, levado às capitais pelas capivaras. Responsável pela transmissão da febre maculosa, a presença do carrapato-estrela é perigosa. Uma pessoa em Ribeirão já morreu por conta da doença este ano.

Algumas medidas já estão sendo executadas pelo Departamento de Vigilância em Sáude e a Coordenadoria de Limpeza da cidade, como isolamento da área com faixa, roçada da grama e limpeza nas áreas em que há presença de capivaras.

Os dias de capivaras estão contados em Ribeirão Preto, que devem ter chegado lá pelo próprio ribeirão Preto e através do córrego Laureano. A prefeitura pretende construir um muro de gabião para impedir enchentes e também a entrada dos animais no parque.

Campinas também teve maus momentos com as capivaras, no dia 12 de maio deste ano a Prefeitura de Campinas abateu 13 capivaras que estavam confinadas no largo do Café. Os corpos dos animais foram retirados envoltos em sacos pretos e transportados para o aterro municipal.

Para a execução dos animais, a prefeitura se valeu de uma autorização do Ibama que atestou a eutanásia dos mamíferos como alternativa para interromper a proliferação do carrapato-estrela. Em oficio ao Ibama, a prefeitura justificou que as capivaras no largo do Café estavam contaminadas  - um risco para os frequentadores do local. Esse foi o principal argumento para se manter o largo do Café fechado ao público nos últimos três anos.

Ambientalistas protestaram, fizeram até um "enterro simbólico" dos animais. O enterro contou com cruzes, velas e flores. O vice-presidente da União Protetora dos Animais (UPA), César Rocha, disse que o abate foi "uma traição". "Lutamos muito para que as capivaras não fossem mortas. Mostramos exemplos de outros locais, como Piracicaba, que usou outro método, como um alambrado para isolar os animais da população".

Já na cidade do Rio de Janeiro, bombeiros do Grupamento Marítimo tiveram alguams dificuldades para resgatar uma capivara, nas pedras da praia do Arpoador, na Zona Sul do Rio. Após várias tentativas de captura, o animal mergulhou e nadou para o alto-mar e não foi mais visto. Segundo os bombeiros, o animal teria chegado à praia através do canal que liga Ipanema à Lagoa Rodrigo de Freitas, onde capivaras são vistas com freqüência.

Já em São Paulo, a foto de uma capivara ilustrava a matéria do Estado de São Paulo, edição de 9 de Janeiro de 2011 – aqui parece que a Deusa do Pinheiros veio para ficar.

A Lenda da Capivara Paulistana



Diz a lenda que Pero Corrêa e Manuel Chaves, grandes conhecedores da língua tupi que acompanhavam José de Anchieta e Manoel da Nóbrega em sua missão de catequização de índios na região do Planalto de Piratininga, ouviram um índio velho e sábio quando conversava com uma capivara.

Ao se aproximarem perceberam que a capivara parecia interagir com o sábio que expressava uma forte alegria e olhava para cima com ar de admiração. Ao ser indagado pelos viajantes o sábio revelou que a capivara fora instruída pelo Grande Espírito da Floresta a indicar o lugar que fora designado para ser o centro de prosperidade de uma grande nação com arvores de luz que se multiplicariam na cor cinza e centralizaria o grande conhecimento universal sob fina garoa, prometeu que ali seria um local sagrado livre das feras da floresta e das intempéries do tempo e que seria também o local ideal para os homens se concentrarem apenas em fazer prosperar e crescer o bem e a harmonia.

Corrêa e Chaves perceberam que quanto mais o homem falava, tanto mais suas forças se esvaiam, aqueles pareciam ser os últimos minutos de vida do sábio. O velho homem forneceu todos os detalhes da construção e da localização de um centro de aprendizado, ele designou a capivara para guiá-los em sua missão e pediu para que se apressassem. A dupla então acompanhou a capivara, Pero Corrêa olhou para traz e ficou abismado com o que via enquanto se embrenhava no mato. O Sábio índio olhou para o norte logo em seguida para o sul, levantou os olhos como se fizesse sua ultima prece em então se deitou em nicho de pedras enquanto capivaras saiam do mato de todas as direções para se juntarem ao redor do homem enquanto ele morria.

Impelidos pelo acontecimento de grande magia nem sequer cogitaram a hipótese de não respeitar as instruções que lhes foram dadas. No caminho os dois discutiam como convenceriam Manoel da Nóbrega e José de Anchieta a aceitar as indicações do índio sem macular os dogmas da igreja e decidiram dizer que a indicação da construção do colégio fora feita após uma visão de São Paulo Apostolo.

A capivara se entristece com a descrença dos dois homens no sábio e no Grande Espírito da Floresta, mas ainda assim, chorando muito, guia os homens que nem se davam conta da tristeza do humilde animal, até o terreno onde deveria ser construído o colégio.

O local era perfeito, ficaram animados por encontrar várias famílias cujos filhos estudavam no litoral acharam que Anchieta e Nóbrega não recusariam frente a argumentos tão bons.

Foi então que os jesuítas chefiados por Manoel da Nóbrega foram diretamente à casa de João Ramalho e sua esposa Bartira, filha do cacique Tibiriçá , em Santo André da Borda do Campo, onde pernoitaram. No dia seguinte, ao romper da madrugada, tomaram o caminho de Piratininga, onde chegam manhã alta. Padre Nóbrega designa o Padre Manoel de Paiva para celebrante da missa de 25 de janeiro de 1554, no alto do Inhapuambuçu. Serve-lhe de acólito o irmão José de Anchieta. Padre Paiva eleva o cálice do sacrifício. Anchieta retine a campainha cujo eco parece alertar os animais da floresta e as forças da natureza para o grande evento. E Manoel da Nóbrega, com os olhos no céu, pede as bênçãos de Deus para o Real Colégio Nascente.

Satisfeitos em suas missões Pero Corrêa e Manoel Chaves celebram felizes na floresta quando então a capivara surge da relva possuída pelo Grande Espírito da Floresta e diz:

“Sou-lhes grato por seguirem minhas instruções, foi dado inicio à seqüência de acontecimentos que farão desta terra um centro de prosperidade, porem, cometeram um grave erro; menosprezaram minha humilde fiel capivara e os conhecimentos dos povos locais. Como punição os habitantes desta cidade nunca serão senhores da terra, terão o compromisso de viver lembrando sempre que esta cidade pertence à natureza, e cada vez que desrespeitarem as leis da terra serão castigados pela própria terra. Se cobrirem a terra rocha e boa com matéria cinza terão enchentes provocadas por cinzas nuvens que os asfixiarão até ficarem roxos. Se poluírem os fluidos rios com matéria parda, terão que respirar o ar fétido e insalubre da matéria parda de seus próprios fluidos. A cada agressão que cometem contra a terra que lhes cedi a própria terra haverá de puni-los e esta humilde capivara que vos fala haverá de lembrá-los com sua própria presença e fiscalização tudo o que aqui foi dito. Quanto mais respeitarem a capivara e o que ela simboliza tanto mais prosperidade e beleza vos será concedida”.. 

terça-feira, 19 de abril de 2016

Faça sua Capivara Parade - em qualquer cidade do Brasil

Desde janeiro de 2008, quando lançamos o projeto Capivara Paulistana, tínhamos como objetivo adotar uma mascote para a cidade de São Paulo e também chamar atenção para a questão da sustentabilidade da cidade. Imediatamente observamos que, tal como aconteceu em São Paulo, outras cidades receberam suas capivaras e as suas populações as adotaram com grande carinho. A margem dos rios e lagos de praticamente todas capitais brasileiras, temos capivaras, nas margens da Lagoa Rodrigo de Freitas no Rio, no Parque Barigui em Curitiba, Lagoa Maior em Campo Grande, etc.

Tal como foi dito por Luiz Pagano na postagem de 2008, “Adotei as capivaras como mascote do paulistano, do mesmo modo que a deusa egípcia Tauret aparecia às margens do Nilo e trazia bênçãos às mulheres grávidas a Capivara aparece na cidade de São Paulo como um amuleto de prosperidade para a cidade e nos faz repensar na ecologia as margens deste rio poluído, e nos da a esperança de ter uma capital prospera e ao mesmo tempo em equilíbrio com a natureza”.

Desde então o blog fez muito sucesso e tem contribuído muito para levar informação e divertimento à aqueles que compartilham de nossos anseios e aspirações.

Em maio de 2014, atendendo aos pedidos dos fãs, o blog ‘Capivara Paulistana’ e a ‘Monkix’ da Vila Madadela disponibilizam uma edição limitada de capivaras feitas em resinas e materiais compostos, que traz a arte de artistas plásticos, grafiteiros e ‘urban artists’ da cidade. Foi um grande sucesso!!!


O Projeto Capivara Parade Regional tem como propósito, usar o nosso já prestigiado grupo de fãs como multiplicador desse projeto para outras cidades.

É importante dizer que é um PROJETO LIVRE DE DIREITOS AUTORAIS E DE IMÁGEM, nos não temos o objetivo de lucrar com a venda dessas capivaras. O resultado obtido com a venda das capivaras e suas intervenções será destinado integralmente aos artistas que a fizeram, e suas comunidades.

Qualquer um pode fazer a sua capivara, segundo o padrão CABAP, descrito abaixo, fazer sua intervenção artística e vende-las.

No entanto, pedimos apenas que parte do resultado obtido com a venda dessas peças, seja revertido para projetos que tenham filosofia igual ou semelhante à do blog ‘Capivara Paulistana’, gerar renda para as comunidades que de uma forma ou de outra vivem as margens das capitais brasileiras, bem como atrair atenção do publico para os valores de sustentabilidade e ecologia da Capivara Paulistana.

A idéia para tal projeto nasceu do site Capivara Paulistana em parceria com o site irmão de Curitiba, Capivara Curitibana, (veja a pagina da Capivara Curitibana no Fecebook), passa a ser o primeiro parceiro e logo terá suas capivaras a venda e esta aberto a novas adoções Brasil afora.

O PROJETO

O modelo padrão de capivara, sobre a qual os artistas regionais executaram suas peças artísticas e intervenções é a Capivara Basica Padão (CABAP), que segue as medidas abaixo.

A todos interessados em participar do projeto basta seguir as instruções de reprodução e começarem a reproduzir suas CABAPs, aplicarem suas obras sobre elas e colocá-las a venda.

O projeto é completamente livre no que diz respeito ao material utilizado para fazer a CABAPs, suas intervenções artísticas bem como no preço de venda das peças. Nosso único pedido é que façam a capivara o mais próximo possível de seu modelo original, na pose em que se encontra.

Envie-nos fotos de suas intervenções, elas serão publicadas nos nossos canais, o Blog e na pagina no Facebook.



Esperamos que, tal qual as capivaras que chegam sem avisar e ocupam as margens dos principais rios e lagos das cidades brasileiras, possamos com nossos amuletos de prosperidade, inspirar nossas cidades a repensarem a ecologia as margens de rio e lagos, normalmente poluídos, e nos dar a esperança de termos cidades em equilíbrio com a natureza e que valorizem nossas comunidades carentes.