quarta-feira, 25 de maio de 2016

Capi Parede de Curitiba - Dessa vez Curitiba saiu na frente de São Paulo

Capi Parade - Iniciativa do Shopping Palladium de Curitiba - foto Luiz Pagano e o Time de Mkt do Shopping
É com grande orgulho que anunciamos que após quase dez anos de existência do Blog Capivara Parade, estamos tendo a primeira Capivara parede não virtual, graças a iniciativa do querido Shopping Paladium e de seu talentoso grupo de profissionais. Foi nessa ultima segunda-feira, dia 23 de maio de 2016 com a ativação chamada Capi Parade, que contou com oito capivaras executadas de acordo com o padrão CABAP pela equipe de Will Batista do Studio Fabrica.

“A capivara é um símbolo de Curitiba, além de ser um animal extremamente adaptável é frequentemente encontrado em ambientes alterados pelo homem” diz a gerente de marketing do Palladium, Maria Aparecida de Oliveira, que decidiu fazer quantidade de 8 capivaras em alusão ao oitavo aniversário de inauguração do Shopping.

E essas são as 8 capivaras participantes:

1 - Dani Henning -  Artista plástica – Criou uma linda e colorida capivara Empedocles, criador da teoria cosmogênica dos Quatro Elementos, a água, pingos multicoloridos, mostrando o poder da água de colorir o mundo; o ar com seus lindos pássaros; o fogo, a cor amarela do corpo da capivara, com toda a energia do sol e a Terra com o pinhão, fruto da terra, com grande simbologia em Curitiba e no Paraná.
Dani Henning e sua Capivara 

2 - Di Magalhães – Artista plástico e blogueiro que ama Curitiba e o meio ambiente fez uma homenagem a gralha-azul, pássaro o principal animal disseminador da araucária, símbolo de Curitiba;
 Capivara de Di Magalhães com a gralha azul

3 - Luiz Pagano – Artista conceitual e criador do blog ‘Capivara Parade’, baseada na Cow Parade de Pascal Knapp, fez a Capivara Heroina Brasileira, pintada como um personagem dos clássicos Tokusatsu Japoneses (Ultraman, Utraseven, etc.) ela chega na cidade tal como os heróis japoneses para combater o ‘Grande Monstro’ (a ignorância e o descaso com a ecologia) que polui os rios e lagoas de quase todas as cidades brasileiras;

Luiz Pagano criador do Capivara Parade e Sua Capivara - Capi Parade Curitiba

4 - Juarez Fagundes - Cenógrafo e artista plástico de São Paulo, criou a divertida Móra, em homenagem ao Juiz Sérgio Mouro. O artista plástico Juarez Fagundes é o mais experiente em PARADES do time,  por seu trabalho lúdico e colorido, participou também do Call Parade, em São Paulo.;

Móra - Capivara de Juarez Fagundes

5 - Diogo Portugal - versátil humorista que vai do Stand-Up Comedy ás artes plásticas num sorriso só. Concebeu a Risoleta, a capivara comediante;

Risoleta - Capivara do Humorista Diogo Portugal

6 - Jaime Lerner – Dispensa apresentações, um dos maiores urbanistas brasileiros, tendo sido prefeito de Curitiba por três vezes, foi presidente da União Internacional de Arquitetos (UIA) em 2002 e é consultor das Nações Unidas para assuntos de urbanismo. concebeu a Capivara Bi articulada, em alusão ao ônibus Bir articulado, uma de suas invenções mais icônicas;

Capivara Bi articulada do Urbanista Jaime Lerner

7 - ProDesign>PR e seu talentoso grupo de designers.

Associação de apoiadores de projetos de designers paranaenses.

Aulio Zambenedetti - Presidente da ProDesign – pr
Alexandre Domakowski - Doma Design
Bruno Yamada Zambenedetti - estudante de design Universidade Positivo
Cristina Yamada - Aryau Design
Guido Dezordi - Lumen Design
Miriam Zanini - Blu Design
Tulio Filho - Blu Design
Vinicius Iubel - Mega Box Design

A todo instante, há um designer criando algo novo para deixar nossa vida mais bela, prática e humana. Projetos que não apenas dão forma a nossos desejos, mas que podem também transformar nossa concepção do mundo. Que podem mudar produtos, marcas, pessoas e hábitos. E para apoiar estes projetos de designers paranaenses, no Brasil e no mundo, surgiu em 2009 a ProDesign>pr. Criaram a Lorem Ipsum, a capivara estilosa que usa botões tal qual uma imagem digital usa pixels;

A capivara Lorem Ipsum da ProDesign>PR

8 - É por fim, o Will do Studio Fabrica nos brinda com a capivara Pelé,  que usa vestirá camisa verde e amarela e que será autografada pelo rei Pelé, após o leilão, com dedicatória ao arrematante.


Capivara Pelé - a celebridade do time

A exposição no Palladium Curitiba seguira dos dias 23 de maio a 5 de junho. Nos dias 4 e 5 de junho, as crianças que passarem pelo shopping poderão pintar mini capivaras de gesso. “A intenção do Palladium é conscientizar a criançada sobre a preservação da natureza, além de proporcionar a experiência lúdica da pintura”, completa a gerente de marketing.

Para celebrar o Dia Mundial do Ambiente, de 6 de a 12 de junho. a Capi Parade sai em bando para a exposição itinerante em diversos pontos turísticos de Curitiba, no final da ação, as peças serão doadas e leiloadas pelo parceiro da ação, o leiloeiro Helcio Kronberg. O valor arrematado com o leilão, a comissão do leiloeiro bem como o trabalho dos artistas são doções e serão revertidos em cobertores para a Campanha Doe Calor, da Prefeitura de Curitiba realizada por meio do Instituto Pró-Cidadania e Fundação de Ação Social (FAS).

“Além de mobilizar a comunidade na doação de roupas e cobertores, o Instituto busca parcerias que contribuam para o repasse de cobertores novos. Essa exposição do Palladium é uma iniciativa bastante criativa para mobilizar a população e será uma parceria fundamental para que possamos levar melhores condições para muitas pessoas que precisam desse suporte para enfrentar o rigoroso inverno do Curitiba”, enfatiza o superintendente do Pró-Cidadania, Gerson Guelmann.

A Capi Parade conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Curitiba, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Rede de Proteção Animal de Curitiba, do Instituto Pró-Cidadania de Curitiba, da Deiró Moving Ideas e do leiloeiro Helcio Kronberg.


Roteiro da  Capi Parade

Exposição das capivaras no Palladium, de 23 de maio a 5 de junho.
Ação com crianças no Palladium, nos dias 4 e 5 de junho.
Exposição em pontos turísticos de Curitiba, de 6 a 12 de junho, a saber:

6 de junho: Prefeitura
7 de junho: Rua XV (Boca Maldita)
8 de junho: Praça Santos Andrade (em frente ao prédio da Federal)
9 de junho: Praça Rui Barbosa
10 de junho: Jardim Botânico
11/06 (sab): Mercado Municipal
12/06 (dom): Parque Barigui



Prepare-se!!   Leilão das esculturas, acontecera no dia 16 de junho, no Shopping Palladium de Curitiba, não perca a chance de adquirir a sua.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Aumenta população de Capivaras nas cidades Brasileiras

Luiz Pagano com a simpática capivara de São José do Rio Preto , enquanto que a de Ipanema da problemas aos bombeiros no Rio de Janeiro

Por incrível que pareça a cidade de São Paulo só perde para a de São Jose do Rio Preto no que diz respeito a receptividade às capivaras. De acordo com o ultimo senso feito pela prefeitura as águas da região central rio-pretense já abrigam126 capivaras que vivem às margens da represa.

Só nos últimos dois anos a população aumentou em 40%. Os moradores de São José do Rio Preto gostam das capivaras e acreditam que elas são uma espécie de cartão postal da cidade (coisa que este blog pretende para a cidade de São Paulo).

Já a Prefeitura de Ribeirão Preto decidiu, após reunião realizada em agosto desse ano que o Parque Maurilio Biagi seria fechado para manutenção e limpeza toda segunda-feira, das 8h às 14h. A pratica tem como objetivo combater a infestação de carrapatos-estrela no parque.

O carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), parasita comumente encontrado em cavalos e animais de pastagem, levado às capitais pelas capivaras. Responsável pela transmissão da febre maculosa, a presença do carrapato-estrela é perigosa. Uma pessoa em Ribeirão já morreu por conta da doença este ano.

Algumas medidas já estão sendo executadas pelo Departamento de Vigilância em Sáude e a Coordenadoria de Limpeza da cidade, como isolamento da área com faixa, roçada da grama e limpeza nas áreas em que há presença de capivaras.

Os dias de capivaras estão contados em Ribeirão Preto, que devem ter chegado lá pelo próprio ribeirão Preto e através do córrego Laureano. A prefeitura pretende construir um muro de gabião para impedir enchentes e também a entrada dos animais no parque.

Campinas também teve maus momentos com as capivaras, no dia 12 de maio deste ano a Prefeitura de Campinas abateu 13 capivaras que estavam confinadas no largo do Café. Os corpos dos animais foram retirados envoltos em sacos pretos e transportados para o aterro municipal.

Para a execução dos animais, a prefeitura se valeu de uma autorização do Ibama que atestou a eutanásia dos mamíferos como alternativa para interromper a proliferação do carrapato-estrela. Em oficio ao Ibama, a prefeitura justificou que as capivaras no largo do Café estavam contaminadas  - um risco para os frequentadores do local. Esse foi o principal argumento para se manter o largo do Café fechado ao público nos últimos três anos.

Ambientalistas protestaram, fizeram até um "enterro simbólico" dos animais. O enterro contou com cruzes, velas e flores. O vice-presidente da União Protetora dos Animais (UPA), César Rocha, disse que o abate foi "uma traição". "Lutamos muito para que as capivaras não fossem mortas. Mostramos exemplos de outros locais, como Piracicaba, que usou outro método, como um alambrado para isolar os animais da população".

Já na cidade do Rio de Janeiro, bombeiros do Grupamento Marítimo tiveram alguams dificuldades para resgatar uma capivara, nas pedras da praia do Arpoador, na Zona Sul do Rio. Após várias tentativas de captura, o animal mergulhou e nadou para o alto-mar e não foi mais visto. Segundo os bombeiros, o animal teria chegado à praia através do canal que liga Ipanema à Lagoa Rodrigo de Freitas, onde capivaras são vistas com freqüência.

Já em São Paulo, a foto de uma capivara ilustrava a matéria do Estado de São Paulo, edição de 9 de Janeiro de 2011 – aqui parece que a Deusa do Pinheiros veio para ficar.

A Lenda da Capivara Paulistana



Diz a lenda que Pero Corrêa e Manuel Chaves, grandes conhecedores da língua tupi que acompanhavam José de Anchieta e Manoel da Nóbrega em sua missão de catequização de índios na região do Planalto de Piratininga, ouviram um índio velho e sábio quando conversava com uma capivara.

Ao se aproximarem perceberam que a capivara parecia interagir com o sábio que expressava uma forte alegria e olhava para cima com ar de admiração. Ao ser indagado pelos viajantes o sábio revelou que a capivara fora instruída pelo Grande Espírito da Floresta a indicar o lugar que fora designado para ser o centro de prosperidade de uma grande nação com arvores de luz que se multiplicariam na cor cinza e centralizaria o grande conhecimento universal sob fina garoa, prometeu que ali seria um local sagrado livre das feras da floresta e das intempéries do tempo e que seria também o local ideal para os homens se concentrarem apenas em fazer prosperar e crescer o bem e a harmonia.

Corrêa e Chaves perceberam que quanto mais o homem falava, tanto mais suas forças se esvaiam, aqueles pareciam ser os últimos minutos de vida do sábio. O velho homem forneceu todos os detalhes da construção e da localização de um centro de aprendizado, ele designou a capivara para guiá-los em sua missão e pediu para que se apressassem. A dupla então acompanhou a capivara, Pero Corrêa olhou para traz e ficou abismado com o que via enquanto se embrenhava no mato. O Sábio índio olhou para o norte logo em seguida para o sul, levantou os olhos como se fizesse sua ultima prece em então se deitou em nicho de pedras enquanto capivaras saiam do mato de todas as direções para se juntarem ao redor do homem enquanto ele morria.

Impelidos pelo acontecimento de grande magia nem sequer cogitaram a hipótese de não respeitar as instruções que lhes foram dadas. No caminho os dois discutiam como convenceriam Manoel da Nóbrega e José de Anchieta a aceitar as indicações do índio sem macular os dogmas da igreja e decidiram dizer que a indicação da construção do colégio fora feita após uma visão de São Paulo Apostolo.

A capivara se entristece com a descrença dos dois homens no sábio e no Grande Espírito da Floresta, mas ainda assim, chorando muito, guia os homens que nem se davam conta da tristeza do humilde animal, até o terreno onde deveria ser construído o colégio.

O local era perfeito, ficaram animados por encontrar várias famílias cujos filhos estudavam no litoral acharam que Anchieta e Nóbrega não recusariam frente a argumentos tão bons.

Foi então que os jesuítas chefiados por Manoel da Nóbrega foram diretamente à casa de João Ramalho e sua esposa Bartira, filha do cacique Tibiriçá , em Santo André da Borda do Campo, onde pernoitaram. No dia seguinte, ao romper da madrugada, tomaram o caminho de Piratininga, onde chegam manhã alta. Padre Nóbrega designa o Padre Manoel de Paiva para celebrante da missa de 25 de janeiro de 1554, no alto do Inhapuambuçu. Serve-lhe de acólito o irmão José de Anchieta. Padre Paiva eleva o cálice do sacrifício. Anchieta retine a campainha cujo eco parece alertar os animais da floresta e as forças da natureza para o grande evento. E Manoel da Nóbrega, com os olhos no céu, pede as bênçãos de Deus para o Real Colégio Nascente.

Satisfeitos em suas missões Pero Corrêa e Manoel Chaves celebram felizes na floresta quando então a capivara surge da relva possuída pelo Grande Espírito da Floresta e diz:

“Sou-lhes grato por seguirem minhas instruções, foi dado inicio à seqüência de acontecimentos que farão desta terra um centro de prosperidade, porem, cometeram um grave erro; menosprezaram minha humilde fiel capivara e os conhecimentos dos povos locais. Como punição os habitantes desta cidade nunca serão senhores da terra, terão o compromisso de viver lembrando sempre que esta cidade pertence à natureza, e cada vez que desrespeitarem as leis da terra serão castigados pela própria terra. Se cobrirem a terra rocha e boa com matéria cinza terão enchentes provocadas por cinzas nuvens que os asfixiarão até ficarem roxos. Se poluírem os fluidos rios com matéria parda, terão que respirar o ar fétido e insalubre da matéria parda de seus próprios fluidos. A cada agressão que cometem contra a terra que lhes cedi a própria terra haverá de puni-los e esta humilde capivara que vos fala haverá de lembrá-los com sua própria presença e fiscalização tudo o que aqui foi dito. Quanto mais respeitarem a capivara e o que ela simboliza tanto mais prosperidade e beleza vos será concedida”..